Glossário
Títulos representativos de uma fração do capital social de uma empresa. A aquisição de ações confere ao investidor o direito de participar nos lucros da empresa (dividendos) e em algumas decisões corporativas. As ações podem ser ordinárias (com direito a voto) ou preferenciais (sem direito a voto, mas com prioridade no pagamento de dividendos).
Estratégia de investimento de curto a médio prazo, com ajustes periódicos na composição do portfólio com base em tendências do mercado, indicadores econômicos ou acontecimentos geopolíticos. O objetivo é otimizar o retorno ajustado ao risco de acordo com as condições do mercado em um determinado momento.
Processo fundamental na gestão de portfólios, onde o capital do investidor é distribuído entre diferentes classes de ativos (ações, obrigações, imóveis, entre outros) com o intuito de maximizar os retornos ajustados ao risco, tendo em consideração o perfil de risco, o horizonte temporal e os objetivos do investidor.
Métrica usada para avaliar o desempenho de um portfólio, ajustado ao risco sistemático (beta). A alfa positiva indica que o gestor do portfólio conseguiu superar o retorno esperado, enquanto uma alfa negativa sugere que o desempenho foi inferior ao do mercado ajustado ao risco.
Instrumento financeiro que oferece baixo risco e uma rentabilidade fixa, como os títulos do governo de alta qualidade (por exemplo, os títulos de curto prazo do governo). Este ativo serve como referência para medir o risco de outros investimentos, assumindo que o rendimento obtido não está sujeito a riscos significativos de crédito ou mercado.
Mercado organizado e regulamentado onde são comprados e vendidos valores mobiliários (como ações, obrigações e derivados). As bolsas proporcionam transparência, liquidez e uma plataforma para que os investidores realizem transações com base em oferta e procura.
Índice de referência utilizado para comparar o desempenho de um portfólio ou fundo de investimento. É um parâmetro essencial para avaliar a eficácia de uma estratégia de investimento, dado que um desempenho superior ao benchmark indica uma boa gestão do portfólio.
Títulos de dívida emitidos por governos com vencimento de curto prazo. São considerados investimentos de baixo risco, pois são garantidos pelo Estado, sendo frequentemente utilizados para diversificação ou para preservação de capital em períodos de volatilidade.
Despesas operacionais contínuas incorridas por uma empresa ou investimento, incluindo custos com salários, manutenção e outros gastos administrativos. Para investidores, a minimização dos custos correntes é crucial para melhorar o retorno líquido do portfólio.
Taxas cobradas pelas corretoras para realizar as ordens de compra e venda de ativos no mercado. Esses custos podem impactar significativamente a rentabilidade líquida do investidor, especialmente em transações de menor valor ou em operações frequentes.
Portfólio de investimentos que, para um determinado nível de risco, gera o maior retorno possível, ou, alternativamente, apresenta o menor risco para um nível dado de retorno. Este conceito é fundamental na construção de portfólios diversificados, visando otimizar a relação risco-retorno.
Técnica de reinvestimento dos rendimentos gerados por um investimento (juros, dividendos, etc.) para gerar mais rendimentos, potencializando o crescimento do valor investido ao longo do tempo, através dos efeitos da composição de juros.
Preço atual de mercado de um ativo financeiro, como ações, obrigações ou commodities, determinado pela oferta e procura no mercado. A cotação é um reflexo da percepção do mercado sobre o valor e a saúde financeira de uma empresa ou ativo.
Taxas cobradas pelas instituições financeiras pela guarda e administração dos ativos financeiros dos investidores. Embora normalmente sejam baixas, esses custos devem ser considerados ao calcular os custos totais de um portfólio de investimentos.
Estratégia central na gestão de portfólios, que consiste na distribuição dos investimentos entre diferentes ativos ou classes de ativos para reduzir o risco específico (não sistemático). A diversificação permite mitigar os impactos de eventos negativos em um único ativo ou setor, minimizando a volatilidade global do portfólio.
Conta bancária que permite o levantamento e depósito de fundos a qualquer momento, com a vantagem de alta liquidez, embora com rentabilidade baixa.
Parte dos lucros de uma empresa distribuída aos seus acionistas. O pagamento de dividendos é uma forma de recompensar os investidores pelo capital que estes aportaram à empresa. A política de dividendos pode ser indicativa da estabilidade financeira de uma empresa.
Medida do risco de perda de valor de um ativo ou portfólio, especialmente em condições adversas do mercado. A gestão do downside risk é essencial para investidores que buscam preservar capital e evitar grandes perdas.
Fundos de investimento cotados em bolsa que buscam replicar o desempenho de um índice de mercado, como o EuroStoxx 50 ou o S&P 500. A grande vantagem dos ETFs é a diversificação instantânea e a baixa taxa de gestão, tornando-os atraentes para investidores de todos os perfis.
Fenómeno que ocorre quando o custo unitário de produção de uma empresa diminui à medida que o volume de produção aumenta. Este conceito é importante, pois empresas que aproveitam economias de escala tendem a ser mais competitivas e rentáveis, o que pode beneficiar os seus acionistas.
Veículos financeiros que reúnem o capital de múltiplos investidores para adquirir uma carteira diversificada de ativos. Existem diversos tipos de fundos, como fundos de ações, de obrigações e fundos imobiliários, cada um com uma estratégia de risco e retorno distinta.
Fundos que buscam replicar o desempenho de um índice de mercado, como o S&P 500 ou o IBEX 35. São fundos passivos que, devido à sua gestão passiva, têm custos mais baixos do que os fundos de gestão ativa.
Fundos de investimento que emitem um número fixo de cotas e que não podem ser resgatadas antes do vencimento. São negociados no mercado secundário e têm maior flexibilidade na gestão de ativos do que os fundos abertos.
Abordagem de investimento onde os gestores tomam decisões informadas e baseadas em análises financeiras e macroeconómicas com o objetivo de superar os índices de mercado e obter retornos superiores. A gestão ativa envolve custos mais elevados, devido ao trabalho analítico contínuo.
Estratégia de investimento onde se replica um índice de mercado, minimizando custos e tentando seguir a performance do mercado, sem tentar superá-lo. Ideal para investidores de longo prazo, esta abordagem permite reduzir custos e aumentar a diversificação.
Métrica usada para medir o desempenho de um portfólio ajustado ao risco, calculado dividindo o excesso de retorno do portfólio sobre a taxa livre de risco pela sua volatilidade. Quanto maior o índice, melhor o portfólio em termos de retorno ajustado ao risco.
Investidores de grande porte, como fundos de pensões, seguradoras e bancos, que operam com montantes significativos de capital e têm uma capacidade de análise e gestão de riscos muito mais robusta do que os investidores individuais.
Aqueles com profundo conhecimento dos mercados financeiros e acesso a ferramentas sofisticadas para analisar e tomar decisões informadas sobre investimentos. Incluem, entre outros, gestores de fundos, analistas financeiros e traders.
Contratos financeiros cujo valor depende do valor de um ativo subjacente (ações, índices, commodities). Utilizados para hedge ou especulação, podem ser extremamente voláteis e envolver riscos elevados.
Capacidade de um ativo ser rapidamente convertido em dinheiro sem perda significativa de valor. Ativos altamente líquidos, como ações de grandes empresas e títulos do governo, são mais fáceis de negociar, enquanto ativos menos líquidos podem ser mais difíceis de vender em momentos de necessidade.
Estratégia onde o investidor compra um ativo com a expectativa de que seu valor aumentará ao longo do tempo. A posição longa é um reflexo de uma visão otimista sobre o ativo em questão.
O mercado onde os títulos são emitidos pela primeira vez, permitindo que as empresas ou governos captem recursos diretamente dos investidores. Este mercado é essencial para a criação de novos investimentos.
Onde os títulos emitidos no mercado primário são negociados entre investidores. A liquidez do mercado secundário é fundamental para garantir que os investidores possam vender seus ativos facilmente.
Conjunto de normas contábeis internacionais adotadas por muitas jurisdições ao redor do mundo. As IFRS visam padronizar a apresentação das demonstrações financeiras, proporcionando maior transparência e comparabilidade entre empresas de diferentes países e setores.
Avaliação do grau de incerteza associada ao retorno de um ativo ou portfólio. O risco pode ser sistemático (afeta o mercado como um todo) ou idiossincrático (específico de uma empresa ou setor). Investidores ajustam suas carteiras de acordo com o nível de risco que estão dispostos a aceitar.
Títulos de dívida emitidos por empresas ou governos para financiar suas atividades. Ao comprar uma obrigação, o investidor empresta dinheiro ao emissor, que se compromete a pagar o valor de face do título no vencimento, além de um juro fixo ou variável. As obrigações são usadas tanto por investidores conservadores como para diversificação de portfólio.
Tipo de obrigação que não tem uma data de vencimento definida, ou seja, o emissor paga juros indefinidamente. São mais arriscadas, uma vez que o capital não será devolvido, mas podem oferecer taxas de juro mais elevadas.
São obrigações que podem ser convertidas em ações da empresa emissora em uma data futura, geralmente a um preço fixado no momento da emissão. Este tipo de obrigação oferece o benefício de uma remuneração fixa através de juros, com a possibilidade de conversão em ações, oferecendo uma oportunidade de ganho de capital.
A avaliação das características de um investidor, como sua tolerância ao risco, objetivos financeiros e horizonte temporal, usada para determinar quais produtos financeiros são mais adequados para ele. O perfil de investidor pode ser conservador, moderado ou arrojado, dependendo da disposição para assumir riscos.
O retorno adicional que um investidor exige por assumir um risco extra em relação a um ativo sem risco (como os títulos do governo). O prémio de risco é uma medida essencial para a avaliação de ativos com maior volatilidade e incerteza de retorno.
Reserva financeira criada com o intuito de acumular capital para o futuro. A poupança pode ser realizada por meio de depósitos bancários, investimentos em fundos ou outros instrumentos financeiros. A sua principal característica é a baixa exposição ao risco e uma rentabilidade moderada.
A fração de um ativo ou investimento que pertence a um investidor, frequentemente usada em fundos de investimento. A quota parte representa a participação do investidor no fundo, com o valor do investimento sendo proporcional ao número de cotas adquiridas.
Avaliação da capacidade de um emissor (empresa, governo, etc.) de cumprir com suas obrigações de pagamento de dívida. As agências de rating, como a Standard & Poor’s e a Moody’s, atribuem notas de crédito que ajudam os investidores a avaliar o risco de inadimplência.
Medida usada para avaliar a habilidade de um gestor de fundos em gerar retornos ajustados ao risco, comparando o retorno excedente do fundo em relação ao benchmark e a volatilidade dos seus excessos de retorno. Um rácio de informação elevado sugere uma boa performance do gestor em relação ao risco.
O retorno obtido por um investidor de um ativo ou portfólio, geralmente expresso como uma percentagem do valor investido. O rendimento pode ser proveniente de juros, dividendos, ou apreciação do preço do ativo.
Risco inerente ao mercado como um todo, que não pode ser eliminado através da diversificação. Está relacionado com fatores macroeconómicos, como recessões, mudanças nas taxas de juro ou crises financeiras globais.
O risco de que uma contraparte não seja capaz de cumprir suas obrigações financeiras, como o pagamento de juros ou de principal de um título de dívida. Este risco é particularmente relevante em investimentos em obrigações corporativas ou em mercados emergentes.
Risco de que um investidor não consiga vender um ativo a tempo ou sem incorrer em perdas significativas devido à falta de compradores no mercado. Este risco é mais pronunciado em ativos menos líquidos, como imóveis ou ações de pequenas empresas.
Plataforma automatizada de gestão de investimentos que utiliza algoritmos para recomendar portfólios de investimentos adequados ao perfil de risco do investidor. Esses serviços são frequentemente mais baratos do que a gestão ativa tradicional e permitem diversificação com baixos custos.
Instituições financeiras que atuam como intermediárias entre compradores e vendedores de ativos no mercado. Elas facilitam a negociação de valores mobiliários e podem oferecer serviços de pesquisa, análise e recomendação de investimentos.
Empresas que, além de intermediarem a compra e venda de ativos, também podem realizar negociações por conta própria. Elas assumem posições no mercado e operam como intermediárias no mercado de valores mobiliários.
Diferença entre o preço de compra (ask) e o preço de venda (bid) de um ativo no mercado. O spread reflete a liquidez do mercado e o risco associado à transação. Quanto maior o spread, menor a liquidez e maior o custo da transação para o investidor.
Percentagem cobrada sobre um montante de capital emprestado ou investido, expressa em termos anuais. A taxa de juro reflete o custo do dinheiro no mercado e é influenciada por fatores econômicos, como inflação, políticas monetárias e risco do crédito.
Medida do retorno de um investimento, calculado como o rendimento anual em relação ao preço do ativo. Para títulos de dívida, o yield reflete os juros pagos em relação ao preço do título no mercado.
Taxa de juro que iguala o valor presente dos fluxos de caixa futuros de um investimento ao seu custo inicial. A TIR é uma medida fundamental para avaliar a viabilidade de projetos de investimento e comparar diferentes alternativas.
Diretiva da União Europeia que regula os fundos de investimento que podem ser vendidos em qualquer estado membro. Os UCITS são projetados para garantir a proteção do investidor e oferecer transparência, sendo amplamente reconhecidos por sua segurança e diversificação.
Unidade de valor representativa de uma parte proporcional de um fundo de investimento. O valor da unidade varia de acordo com a performance do fundo e pode ser adquirido ou resgatado pelo investidor, conforme a estratégia do fundo.
Medida da variabilidade do preço de um ativo ao longo do tempo. Ativos com alta volatilidade apresentam grandes flutuações nos preços, o que pode indicar tanto oportunidades quanto riscos elevados para os investidores. A volatilidade é um indicador importante no cálculo do risco de um ativo ou portfólio.
O preço atual de mercado de um ativo, determinado pela oferta e procura no mercado. O valor de mercado reflete o consenso de valor dos investidores no momento e pode ser influenciado por uma variedade de fatores, incluindo desempenho financeiro da empresa e condições econômicas gerais.